Veio hoje a público pela voz de Paulo Portas que cada inspector da ASAE "tem que detectar 124 infracções, levantar 61 processos de contra-ordenação, que vão terminar em coimas, abrir oito processos-crime e fechar ou suspender o funcionamento de pelo menos seis estabelecimentos" por ano (http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/8c23509fc375bffe7ca9b4.html). Se a minha opinião acerca desta organização já era má, hoje comecei a considerá-la ridícula. No entanto, a ser verdade, isto esclarece muita coisa.
Imaginemos um inspector com estes objectivos, entra num estabelecimento e diz para o seu proprietário:
- Hoje no menu temos 2 processos de contra-ordenação com direito a coima, 4 procesos crime e 5 encerramentos! Escolha um!
Proprietário - Oh Sr. Inspector não pode ser uma infracçãozinha?
Inspector - Isso não porque esgotaram no último estabelecimento, o ano está a acabar e ainda só encerrei um. Desculpe mas tem de ser, se não a minha avaliação fica prejudicada! Sabe não são só os professores que são avaliados!!
Devaneios à parte esta organização conseguiu um grande feito, ser mais odiada que os senhores da EMEL, foi uma tarefa árdua mas bem compensada.
Pela primeira vez concordo com o Sr. Paulo Portas, a ASAE tem a mania de levar tudo muito a sério e tem tomado decisões mesmo muito ridículas.
Qualquer dia a única fonte de alimento permitida é um comprimido com os nutrientes essenciais e calorias suficientes, era bom porque acabava com a obesidade, mas também deixávamos de ter um dos nossos maiores ritos sociais. Aposto que em casa estes senhores não são assim tão escrupulosos, mas é só uma opinião.
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